Pressão das importações de aço da China e da Turquia faz Arcelor Mittal dar férias coletivas e suspender produção no Brasil

O mercado de aço no Brasil está de vaca não conhecer bezerro. A indústria química, através da ABIQUIM, vem fazendo alertas constantes pelo desequilíbrio na balança comercial do setor. Agora é o aço. A Maior produtora de aço no Brasil, a ArcelorMittal, simplesmente vai parar de produzir e dar  férias coletivas a cerca de 400 funcionários da usina de Resende (RJ),  suspendendo temporariamente as operações em diferentes unidades, com a execução de paradas técnicas, em meio ao aumento acelerado das importações de produtos siderúrgicos. O presidente da companhia,  Jefferson De Paula, considera que  o momento é crítico e  há risco real e iminente de ,muitas demissões. O mercado recebe esta notícia na sexta-feira sem surpresas, mas sabendo que a vaca pode ir pro brejo. A  situação na indústria do aço e esta situação crítica, vai  afetar o crescimento econômico.  A empresa acredita que o  Brasil ficou completamente desprotegido quando há sobras de aço no mercado global. As importações de aço, que chegam sobretudo da China e outros países asiáticos, Rússia e Turquia, devem crescer 50%. A indústria brasileira já pediu ao governo federal a adoção de alíquota de importação de 25%, em caráter emergencial. Com a série de exigências trabalhistas e impostos no Brasil, é impossível concorrer em pé de igualdade com as ofertas do mercado internacional.

O governo está careca de saber desta realidade. O vice-presidente, com o chapéu de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, já está a par do assunt desde a semana passada, assim como o ministro da fazenda, Fernand Haddad. Eles já recedberam os sinais dos empresários do setor e as suas reclamações. Estados Unidos, Europa e México já impuseram tarifa de 25% sobre as importações de aço, para conter seu avanço sobre a demanda interna – no México, a fatia chegou a 40%. No Brasil, a participação dos importados no consumo aparente, que era de 12%, saltou a 23% e chegou a 30% nos últimos meses. Mas pode subir.

A Gerdau já demitiu 700 trabalhadores e reduziu a produção em diferentes unidades. Na ArcelorMittal,  a produção no quarto trimestre ficará 30% abaixo da capacidade e, no ano, 1,3 milhão de toneladas deixarão de ser produzidas.  Em Resende, dos cerca de 400 trabalhadores afetados pela paralisação de 45 dias, 320 farão compensação de banco de horas e 87 serão colocados em férias coletivas, entre novembro e dezembro. O plano de investimento de US$ 2,4 bilhões ao ano anunciado pelo setor, entre 2023 e 2027, não deverá mais acontecer, caso a situação permaneça.

Notícia completa: https://petronoticias.com.br/pressao-das-importacoes-de-aco-da-china-e-da-turquia-faz-arcellor-mital-dar-ferias-coletivas-e-suspender-producao-no-brasil/

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